ATA DA QÜINQUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 01.12.1992.

 


Ao primeiro dia do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e dois reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Qüinquagésima Terceira Sessão Solene da Quarta Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura, destinada à entrega dos Títulos Honoríficos de Cidadão Emérito aos Senhores Giovani Alianiello e Mauro da Silva Motta, concedidos através dos Projetos de Resolução nºs 09 e 36/92 (processos nºs 298 e 1460/92, respectivamente). Às dezessete horas e vinte e dois minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou aos Líderes de Bancada que conduzissem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Vereador Dilamar Machado, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Jornalista Firmino Sá Brito Cardoso, representante da Associação Riograndense de Imprensa; Senhor Cláudio Barbedo, Sub-Chefe de Polícia; Comissário Mauro da Silva Motta, Homenageado; Senhora Therezinha Patrício Motta, esposa do Homenageado; Senhor Giovani Alianiello, Homenageado; Vereador Leão de Medeiros, 1º Secretário da Casa. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional, discorreu sobre o significado do Título Honorífico de Cidadão Emérito, destacando a justeza da presente homenagem, e concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Leão de Medeiros, como proponente das homenagens e em nome das Bancadas do PDS, PMDB, PT, PTB e PPS, disse que o que distingue os Senhores Giovani Alianiello e Mauro da Silva Motta, é o amor desprendido que ambos possuem pela nossa Cidade. Ainda, falou sobre a vida dos Homenageados, destacando a atuação política e profissional dos mesmos, embasada na busca do bem-comum e do desenvolvimento de Porto alegre. O Vereador Omar Ferri, em nome da Bancada do PDT, falando da amizade que o une aos Homenageados, disse honrarem Suas Senhorias e a população do Rio Grande do Sul, merecendo, pelo trabalho realizado, o reconhecimento de toda a comunidade porto-alegrense. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, no Plenário, do Coronel Pedro Américo Leal e convidou a todos para, de pé, assistirem à entrega, pelo Vereador Leão de Medeiros, dos Títulos Honoríficos de Cidadão Emérito aos Senhores Giovani Alianiello e Mauro da Silva Motta, e concedeu a palavra aos Homenageados, que agradeceram o título hoje recebido, destacando sua emoção pela homenagem que hoje lhes é prestada pelo povo porto-alegrense. Às dezoito horas e vinte minutos, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Dilamar Machado e secretariados pelo Vereador Leão de Medeiros. Do que eu, Leão de Medeiros, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.

 


O SR. PRESIDENTE: Na condição de Presidente desta Casa abro esta Sessão Solene destinada, especificamente, à entrega do título honorífico de Cidadão Emérito da capital gaúcha ao Sr. Giovani Alianiello e ao Comissário Mauro da Silva Motta. Ambas as proposições são de autoria do nobre Ver. Leão de Medeiros e mereceram aprovação unânime desta Casa.

 

(Execução do Hino Nacional Brasileiro.)

 

O SR. PRESIDENTE: Senhores e Senhoras, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua legislação, faculta ao Vereador, atento a atividade da Cidade, escolher, entre cidadãos, pessoas que se destacam no seu ramo de atividade e lhes conceder, com aprovação dos seus pares, o título de Cidadão Emérito da Cidade.

E nós, Vereadores, somos como que garimpeiros de pessoas e personalidades. O Ver. Leão de Medeiros foi de extrema felicidade em selecionar, entre os seus amigos, duas figuras humanas da melhor qualidade. O Giovani recebe este título como uma homenagem da Câmara Municipal a esta Colônia de Italianos, cujo fluxo de imigração tem uma grande responsabilidade na formação do homem e da mulher no Rio Grande do Sul. É muito difícil encontrarmos, hoje, um parlamento, neste País, que não tenha 50%, no mínimo, de descendentes italianos. Quando fui Deputado Estadual me lembro que a maioria dos Deputados era de origem italiana. Uma colonização muito forte, enraizada na vida do Estado. Ainda há pouco, o Ver. Vicente Dutra retornou da cidade de Morano Calabro, uma Cidade que é irmã de Porto Alegre, e contava-me algo que é extremamente importante para Porto Alegre: na documentação oficial dessa Cidade da Itália, consta o Brazão de Morano Calabro e o Brazão de Porto Alegre, como Cidades Irmãs. E o Giovani, para mim, tem três qualidades que me confortam: primeiro, é dono de um dos melhores restaurantes da Cidade, a Tratoria de Giovani, um templo da cozinha italiana; segundo é colorado, e terceiro é meu amigo. Então é uma felicidade muito grande recebê-lo.

Comissário Mario Motta, já começa que é colorado também, o que mostra inteligência. Acho que todos os policiais civis, aqui presentes, o Vereador proponente desta homenagem, sabem que o Comissário Motta é uma espécie de lenda vive da Polícia Civil do Estado. Oitenta e quatro anos de idade, está ele aqui, íntegro, na sua inteligência, na sua capacidade física e vejam só que homenagem a Polícia Civil faz ao Comissário Motta: aos 84 anos de idade ele é chamado pela Polícia para ser Presidente da Associação dos Comissários de Polícia do Estado. Acho que isso, por si só, já demonstra o apreço, o respeito que ele merece dentro dos quadros da Polícia Civil. Tem toda uma história de vida. E eu também fico muito feliz, como Presidente da Casa, em presidir um ato em que esses dois cidadãos, esses dois seres humanos da melhor qualidade, recebem a homenagem da Câmara Municipal de Porto Alegre. Podem, os detratores dos parlamentos, que nos consideram homens que não trabalham, que ganham muito e não fazem nada ou que só fazem homenagens, dizer o que quiserem, mas, para nós, Vereadores que aqui estamos, desde o seu Presidente até todos os seus integrantes, trabalhando diuturnamente, buscando melhorar as condições de vida desta Cidade, ainda ontem nós entramos neste Plenário às 9 horas da manhã e saímos às 9 horas da noite, votando o Orçamento do Município de Porto Alegre, regulamos toda vida da Cidade a partir de janeiro do ano que vem, com a proposta orçamentária, onde serão aplicados os recursos, discutimos, avaliamos, alteramos, mas, neste momento, é o momento em que nós fugimos daquele formalismo puro e simples das leis e passamos a agir como seres humanos, não apenas como legisladores, como máquinas em cima de números e propostas partidárias. Nós temos o direito de opções e escolhas. As nossas escolhas de hoje são o Giovani e o Comissário Motta. É a eles que o Ver. Leão de Medeiros irá, neste momento, saudar. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Leão de Medeiros, que falará em nome de sua Bancada, o PDS, e das Bancadas do PMDB, PTB, PPS e PT.

 

O SR. LEÃO DE MEDEIROS: Sr. Presidente Ver. Dilamar Machado; dona Therezinha Motta; meus caríssimos homenageados Comissário Mauro Motta e Giovani Alianiello; Srs. Vereadores; minhas senhoras; meus senhores; meus colegas da Polícia Civil. Com muita honra venho a esta tribuna para falar em meu nome pessoal, da Bancada que represento, o PDS, o PMDB, o PTB, o PPS e o PT. (Lê.)

“O que interliga um homem nascido em Nápoles, na velha Itália, e outro em nossa tradicional Rosário do Sul? O que é determinante entre os dois para que esta Casa lhes conceda o título de Cidadão Emérito, senão o amor desprendido, o trabalho invulgar, o objetivo maior de dar a esta Cidade todo os seus esforços e todas suas felizes iniciativas.

Giovani Alianiello e o Comissário Mauro d0a Silva Motta são dois porto-alegrenses adotados, mas adoções voluntárias, que se expressam com rara felicidade, na expressão simples de Giovani quando diz que “Porto Alegre ficou sendo como minha terra natal”. Não que o napolitano tivesse esquecido sua bela Cidade, que de tão linda, depois de vê-la se pode morrer. Pois Giovani Alianiello viu, dela por certo enamorou-se, mas não morreu, felizmente. Veio ter novo amor, nesta nossa tão bela Porto Alegre e dar a esta sua criatividade e seu trabalho, desde 1972. Em 1977, instalou sua famosa Trattoria, que leva seu nome, e que traz, nos seus pratos típicos, o tempero e a saudade de Nápoles.

Sua cantina é um pedaço da Itália. Nela, se reúnem membros de já histórica confraria, uma tradição de Porto alegre. Nela, no lirismo das canções napolitanas, a saudade da terra natal, mas Giovani Alianiello, e é ele quem diz, ama sua terra de adoção, e nossa querida Porto Alegre.

Já o Comissário Mauro da Silva Motta serviu a esta nossa Porto Alegre em dois campos: o da Polícia Civil e o do Maçonaria. Em ambos, a dedicação, o espírito de servir, a entrega total o desprendimento. Na Polícia, começou em 1939, onde ingressou em 4 de novembro. Depois de servir em vários Municípios, chegou a Porto Alegre, em 1963, para assumir a direção da Divisão de Transporte e Manutenção da Secretaria de Segurança Pública. Integrou, durante cinco anos, o Conselho Superior de Polícia e recebeu a medalha do Mérito Policial, além de receber várias medalhas e portarias de louvor, entre elas, a do Mérito do Serviço Público, conferida pelo Governo do Estado.

Exerceu, ainda, o Comissário Motta mandato de Vereador no Município de Getúlio Vargas, onde chegou à presidência da Câmara. Foi, igualmente, Presidente do Diretório do PDS, na mesma comuna, onde residiu por 16 anos. Como suplente, chegou a assumir a Assembléia Legislativa por várias vezes. É fundador e primeiro Presidente da Associação dos Comissários de Polícia do Rio Grande do Sul. Recentemente foi chamado para, novamente, comandar sua Associação.

Na Maçonaria, um currículo de fazer inveja. Iniciada sua carreira em 14 de outubro de 1943, foi iniciado e colocado grau no Grau 1, Aprendiz, na loja ‘Honra e Trabalho’, de Carazinho, tendo chegado a Presidente da Assembléia Legislativa do Grande Oriente do titular do Supremo Conselho do Grande Oriente do Rio Grande do Sul.

O Comissário Motta é uma ‘legenda vida’ da nossa Polícia Civil. Foi o primeiro comissário que chegou a função de Diretor de Divisão. Seu sucesso na carreira policial é um dos mais destacados da história da instituição policial. E, sem dúvida nenhuma, além de seu talento, sua contração ao trabalhos, virtudes que são apanágio do Comissário Motta, e que, por certo, são fatores que contribuíram para seu elogiável trabalho.  Há outro, que é necessário destacar: sua mulher, dona Therezinha, que, ao seu lado, o impulsiona até hoje, para continuar realizando o que mais aprecia: ajudar os outros. O Comissário Motta é assim: está sempre disposto a interceder pelos injustiçados. Modesto, sem qualquer ambição pessoal, além do seu destacado trabalho na ACP, emerge a sua luta permanente defendendo os direitos das viúvas de seus colegas policiais. Octogenário, o Comissário Motta não pára. Prossegue na sua benéfica ação de servir aos outros. Assim, soube traçar sua longa carreira policial e chegar ao grau maior na Maçonaria.

Ninguém mais do que o Comissário Motta para personificar o lema vibrante da Polícia Civil: ‘Para servir e proteger!’.

Minhas Senhoras e meus Senhores. Volto a repetir o que distingue estes dois homens, em atividades tão díspares, senão a vontade de servir a terra que os adotou quais filhos bem amados. Um, dando-nos recordações de Nápoles, com os pratos típicos de sua Cidade natal e suas canções por ele mesmo interpretadas; o outro, servindo nossa gente através de trabalho direto com o povo, quer no exercício de sua carreira policial, quer na Maçonaria.

Ao conceder-lhes o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, nada se faz além da justiça, pois, há muito, Giovani e Mauro Motta são porto-alegrenses de alma e coração.

A cidade de Porto Alegre, pois, lhes agradece, profundamente, o que por ela e por sua gente vós, ambos, fizeram e ainda realizam nos dias de hoje. Muito obrigado.”

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Gostaria de registrar a presença em Plenário, o Vereador eleito dessa Cidade Pedro Américo Leal, saudar o companheiro e amigo, e lembrar que a partir do ano que vem ele estará aqui como um elo de ligação entre esta Casa e a Polícia Civil, setor de Segurança Pública do nosso Estado.

Para não desmentir a influência da colônia italiana nesta Casa, está com a palavra o Ver. Omar Ferri, que falará em nome da Bancada do PDT, da qual é Líder, da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

O SR. OMAR FERRI: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre Ver. Dilamar Machado; Exmo Sr. Homenageado Comissário Mauro da Silva Motta e Srª Therezinha Patrício Motta; Exmo Sr. Homenageado Dr. Giovani Alianiello. Devo citar, sinto necessidade de citar ainda um dos grandes amigos meus, que se encontra nesse Plenário, meu prezado amigo Dallegrave, amigo de muitos anos; e meu prezado amigo, querido companheiro de jornadas e de batalhas, Vereador eleito, para muita satisfação nossa Cel. Pedro Américo Leal, demais Vereadores aqui presentes, em particular Ver. Leão de Medeiros, demais autoridades, minhas senhoras e meus senhores. Hoje eu estou tranqüilo nesta tribuna, me sinto bem. Hoje os Vereadores, esta Casa, a comunidade de Porto Alegre homenageia – eu sinto isso, meu interior treme quando falo nos dois – dois cidadãos ímpares. Um, amigo meu de muito tempo, querido amigo meu, amigo com muito sentimento, com muita satisfação, com muita sensibilidade, que é o Dr. Giovani Alianiello, e outro é um dos amigos que surgem assim na vida da gente, inesperadamente, provocativamente, repentinamente, um amigo que chega e, depois de um acirrado debate nesta Casa, em que nós defendíamos com unhas e dentes, o direito que o povo de Porto Alegre tinha de não ser espoliado por este imposto dramático, conhecido de todos nós, o chamado IPTU. Uma voz me chamou: “Ver. Omar Ferri!”, ali nas tribunas populares, e eu voltei, dei dois ou três passos, e esta voz era a voz do Comissário Mauro da Silva Motta, me disse assim tão de repente, tão bruscamente, tão vigorosamente, tão francamente, palavras que saíam do seu coração: “Eu sei que o senhor não gosta da Polícia, mas quero dizer que admito a sua coragem e a sua dignidade, e louvo sempre as suas atitudes”. E eu lhe respondi: “Não é verdade que eu não goste da Polícia, pelo contrário, sempre fui bem recebido pela Polícia, em todas as repartições do Estado. Eu sempre fui muito bem atendido por toda a autoridade policial.

Os entreveiros que houve fazem parte da vida da gente, e eu pergunto Dallegrave, e eu pergunto Leal, lembram-se daquela poesia que algum poeta disse: quem passou pela vida em brancas nuvens e em plácido repouso, só passou pela vida, não viveu, alguma coisa assim, não é Leal? Nem o Alianello nem o Motta passaram pela vida em plácido repouso. Este homem, com 84 anos, ralo de cabelos embranquecidos, se constitui numa tradição, numa honra e numa linha de dignidade para o setor policial do Estado.

O senhor honra a Polícia, o senhor honra a Câmara de Vereadores, o senhor honra, acima de tudo, a comunidade porto-alegrense, o senhor receba o nosso entusiasmado respeito, a nossa, eu diria até, veneração, por termos tido o prazer, a honra e a oportunidade, através de proposição do Ver. Leão de Medeiros, de lhe consagrar com esta título que vale muito. De vez em quando dizem que a Câmara é um pouquinho pródiga. Não, não é. O título é de alto e profundo valor e contém muita dignidade, porque cada um dos Vereadores que titula alguém, o faz em nome do povo e faz no sentido de projetar, de dar dignidade a uma pessoa que, pela sua vida, pelo seu trabalho, pelas suas obras, pela sua postura, pela sua dignidade, soube granjear e merecer esta honraria. E eu diria mais: no caso do Alianello, que sai de uma pátria tão distante, já imaginaram, os senhores, sair do Rio Grande do Sul e irem morar na Indonésia - apenas para dar um exemplo -, naquela época era ainda pior. Hoje a gente sabe o que é a Indonésia, porque se acontece alguma coisa, em cinco minutos a televisão nos fala da Indonésia, mas há 30 ou 40 anos passados, quando o Alianello se despedia de seus parentes, e visitava um continente, estranho, exótico, diferente, que era a África, vindo de lá para o Brasil. Numa Pátria tão distante, tão misteriosa, tão desconhecida, tão longínqua. Se viajava de navio e se levava um mês para aqui chegar. Os meus antepassados fizeram a mesma viagem.

Então, esse cidadão que veio aqui, montou indústria, casas de comércio no Rio de Janeiro, que contribui para o progresso e para o desenvolvimento deste País, e depois implantar uma casa que congregou, congrega, e haverá de congregar por muitos anos, o que há de melhor em matéria da sociedade política e representativa do Município de Porto Alegre.

Vejam, que tanto o Motta quanto o Giovani souberam conquistar a simpatia não nossa, dos Vereadores, não do Leão, do Dilamar, não. Eles têm um nome nesta Cidade, eles têm uma responsabilidade junto com a população desta Cidade. Um está, hoje, com um restaurante, que faz inveja a qualquer tratoria da Itália. E o Motta poderia dignificar a Polícia daqui, da América, da França ou, principalmente, a Polícia da Inglaterra.

É verdade, Motta, eu não sou inimigo da Polícia. Eu deveria ter inimigos terríveis, insuportáveis e que a convivência fosse até indigesta, deveria. Eu vim para esta Casa com essa idéia. Eu vivi nesta comunidade com esse preconceito. Não consegui brigar com o Ver. Leão de Medeiros, ao contrário, um dos Vereadores mais dignos desta Casa, pois, eu não consegui brigar com o Ver. Leão de Medeiros, que chegava aqui pela via oposta àquela em que chegava Omar Ferri.

Motta, alguém no futuro haverá de se lembrar do Ver. Leão de Medeiros, e haverá de dar a ele o título que tão honrosamente conferiu a V. Exª no dia de hoje. Mas há outro, que era meu inimigo com “I” maiúsculo, que eu o achava insuportável. Mas, como Voltaire, defendia o direito dele dizer e defender as suas idéias, mas que eu o considerava como um caso perdido. Considerava que não seria jamais seu amigo. Só que os tempos passaram, e a convivência dos homens dignos modifica, em ambos, o conceito que um tem do outro, basta que se mantenha uma linha de dignidade. Pode ser uma linha de passionalidade, uma linha até, muitas vezes, um pouco dogmática, mística, pode ser. Pode ser uma linha de adversidade. Mas basta que se mantenha uma conduta e uma postura de dignidade. Foi a postura do Cel. Pedro Américo Leal. Eu sei, e que ouça o Delegado Barbedo, e que transmita ao Chefe de Polícia, ai daquele que tentar falar mal do homem público, do político, do advogado, da pessoa, do Ver. Omar Ferri na frente do Cel. Pedro Américo Leal. E ai daquele que se atrever a falar mal de Pedro Américo Leal na minha frente. Vou confessar uma coisa, Motta. Este homem, muitas vezes, jantou na minha casa, como meu convidado. E eu, muitas vezes, jantei na casa dele.

Então vejam bem, a possibilidade que o Ver. Leão de Medeiros nos dá hoje de nos reunirmos para usar do sentimento do Alianiello, a passionalidade de italiano, para dizer, para alardear, para transmitir este sentimento que muitas vezes nós não podemos aprisionar. Isto para mim é uma satisfação. Mais satisfação ainda é representar uma Bancada de 14 Vereadores e falar em nome do meu Partido, o Partido Democrático Trabalhista. E através da minha pessoa, trazer a vontade, a voz do Partido e dizer aos senhores, muito obrigado por aquilo que fizeram em prol da Cidade, do Estado. E que tenham, de agora em diante, a vida digna que sempre tiveram, e que vivam por muito e muitos anos ainda para que nós possamos participar da convivência com duas grandes personalidades, que nos honram muito. E que, se em dias do futuro, os senhores puderem transmitir uma mensagem para vossa descendência e para vossa geração poderão dizer que, num dia, o povo de Porto Alegre levantou-se para homenagear dois ilustres filhos: um de outras terras e outro da nossa Cidade; para abraçá-los e dizer: vós sois o exemplo que haverá de ser seguido por todos nós. Muito obrigado.

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Antes da entrega do título de Cidadão Emérito aos nossos homenageados, só para registro dos Anais e para ajudar o Ver. Omar Ferri: “quem passou pela vida em brancas nuvens e em plácido repouso adormeceu, foi espectro de homem, não foi homem. Só passou pela vida e não viveu”.

Nós, de pé, vamos assistir a entrega do título de Cidadão Emérito, para tanto convido o Ver. Leão de Medeiros. (Palmas.)

Com a palavra, o Cidadão Emérito de Porto Alegre, Sr. Giovani Alianiello.

 

O SR. GIOVANI ALIANIELLO: Sinto muito não poder me expressar como gostaria, fui operado. Tenho imenso prazer de receber este título, me sinto emocionado e agradeço ao Presidente da Câmara e ao nosso Dr. Leão de Medeiros e aos outros Vereadores, aos amigos presentes, ao Dr. Claudio Barbedo, Sub-Chefe de Polícia, e muitos outros amigos que estão aqui presentes. Como lhe disse, não posso mais me expressar, me sinto muito emocionado agradecendo, também, à cidade de Porto Alegre, aos amigos presentes, novamente, o meu agradecimento por tudo. Agradeço de coração para todo mundo.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Sr. Mauro da Silva Motta.

 

O SR. MAURO DA SILVA MOTTA: Exmo Sr. Dilamar Machado, digno Presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Srs. nobres Vereadores, Ministro do Grande Oriente do Rio Grande do Sul, representando o Soberano Grã-Mestre, que por motivo alheio a sua vontade não está presente. Não sei se tem outra autoridade da minha ordem, a não ser um Ministro e um Presidente do Consistório, que é a escada do Soberano, do Grande Conselho Filosófico, o meu querido irmão Geraldo Ivo Gaston, que me acompanha há muitos anos não só na Ordem como na própria Organização a qual pertenci. Autoridades presentes e aqui representadas, minhas senhoras e meus senhores, meus familiares, meus queridos Leão de Medeiros e Omar Ferri, por omissão minha deixei de pronunciar a presença do Sub-Chefe de Polícia, meu querido amigo Delegado Barbedo, que representa sua Excelência o Sr. Chefe de Polícia, que numa mensagem que me enviou hoje, dizia estar ausente, a serviço do seu cargo, no interior do Estado. Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quando se indica qualquer ser humano para receber esta ou aquela homenagem, bastaria isso para justificar este ato solene, entretanto, eu não mereço isto, porque tenho a impressão que durante a minha vida, desde os 18 anos, quando ingressei na Exército Nacional deste País, onde servi durante seis anos, saindo da tropa como 2º Sargento, da 8ª de Cavalaria Independente, ingressando na Polícia pela mão do Coronel Luís Gualdilei, um dos Oficiais mais inteligentes, mais corajoso, cuja memória rendo minha homenagem neste instante. Ele me fez uma pergunta, quando saía do meu Regimento: “O que vai fazer Sargento?” “Eu vou trabalhar, perdi o meu emprego”. Ganhava, naquela época, quatrocentos e vinte contos de réis, por mês. Ele me mandou um bilhete, do seu próprio punho, para o Coronel Py, Aurélio Py, que era o Chefe de Polícia, e eu fiquei incluído no mesmo dia que saí do Exército. Felizmente, não fiquei nenhum dia desempregado. Procurei, em toda a minha vida cumprir nada mais que o meu dever. Eu sempre tive uma felicidade, porque tinha uma filosofia de trabalho, empregando sempre a lealdade e a minha conduta. Usei a filosofia, que uso até hoje, procurando não perseguir ninguém, não fazer mal a ninguém, e fazer tudo o que posso em benefício daqueles que nos procuram. Sou um homem que não minto a ninguém, assumo a responsabilidade dos meus atos sem recuar, que entendo que é de muita valia, e nisso vou fazer reverência ao Ver. Omar Ferri, eu não minto, não faço mal a ninguém, e tenho a coragem de enfrentar os problemas, muitas vezes, sozinho, arriscando a minha própria vida, mas nunca fugi do compromisso, do meu dever.

Portanto, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e todos os que aqui se encontram, eu procurei cumprir o meu dever, nessa filosofia que jurei defender até a morte. Já com os meus 84 anos, talvez, na lista para subir para o Oriente Eterno, eu quero cumprir essa missão até o dia em que for chamado. Procurei, em todos os cargos de confiança que exerci, respeitar meus chefes e cumprir as missões que me foram confiadas, sem nunca faltar com a minha lealdade e nunca vestir a capa da hipocrisia para ser agradável a alguém. E nesse terreno até hoje venho trilhando, e pretendo, até meus últimos dias, cumprir o meu dever, trilhar o mesmo caminho da dignidade e dos princípios fundamentais da Justiça e do Direito. Talvez por isso, hoje, eu receba esses elogios do Presidente da Câmara, a quem eu admiro desde o tempo em que ele era radialista. Sempre admirei a sua coragem e a maneira firme e inteligente como discute e resolve os problemas, porque eu assisto muito aos debates de políticos através da imprensa.

Leão de Medeiros, dispensa comentários, porque fui amigo de seu pai, a quem servi em 1937, Dr. Poti Medeiros, que era o Chefe de Polícia de Flores da Cunha, um grande caudilho do Rio Grande do Sul, que nos deixa saudades, principalmente quando se vê, hoje, essa deslealdade e essa corrupção que campeia em todos os recantos da nossa Pátria. Vim conhecer o Vereador Medeiros, quando cheguei em Porto Alegre, há 30 anos. Foi meu chefe, amigo, companheiro de luta, a quem respeito pela sua inteligência e pela educação com que ele trata o ser humano. O meu muito obrigado, Ver. Leão de Medeiros, por essa iniciativa de indicar este humilde funcionário que é tão humilde como a própria natureza.

Ao irmão, acho que vou iniciar na Maçonaria, o Ferri, ao Ver. Omar Ferri, quero dizer que acompanho os debates dele há muitos anos, e admirei a sua coragem e inteligência e a maneira firme, concreta, como discute os assuntos em debate. Foi o que me chamou atenção, quando ele, em discurso, defendia com armas e o material todo necessário para combater o IPTU, o famigerado IPTU que tanto sacrifício tem causado a milhares de pessoas que não têm condições de pagar.

Só quem vive em Porto Alegre é que pode analisar os erros, que, pode ser que neste ano, não sejam cometidos, e as injustiças que foram feitas.

Admirei o Ver. Omar Ferri, acompanhei sua luta através da imprensa e gostei muita da aproximação com Pedro Américo Leal, um homem da linha de frente que não mente, tem coragem, diz o que pensa, sem recuar e sem medir conseqüências. Tive a coragem de chamar o Ver. Omar Ferri ali na sua mesa, e as palavras que lhe disse foram estas: “sei que o senhor não gosta da Polícia, mas quero-lhe abraçar pela inteligência e firmeza de caráter com que defende os assuntos da sua missão como representante do povo”.

Meus parabéns, Ver. Omar Ferri, e meus agradecimentos pelos elogios que fez, embora eu não tenha feito nada mais do que cumprir a missão de homem público, cidadão e ser humano.

Ao Ver. Leão de Medeiros dispenso maiores comentários, mas mora no meu coração. Lamento que não tenham sido reeleitos para esta Casa, ele e o Ver. Omar Ferri, dois elementos que farão muita falta no Plenário. São homens que se mantiveram com dignidade e sempre se destacaram por suas atitudes corajosas, de decência nesta Casa.

Pediria ao Presidente desta Casa para fugir um pouco da formalidade desta solenidade, para dizer que o momento que vivemos exige de nós grande responsabilidade: crise política, social e econômica, jamais vista neste País; onde, infelizmente, os corruptos, ladrões e traidores da nossa Pátria transitam por dentro dos poderes, por dentro das casas legislativas, palácios e governos dos Estados, sem serem punidos, roubando e sacrificando o povo e empobrecendo a nossa Pátria. Esses merecem o nosso repúdio quando vimos, através da imprensa, uma estatística onde se analisam dois fatos da miséria que ocorre aqui e que são pagas pelos inocentes que não pediram para nascer. Crianças que morrem - não acredito até que esteja certa esta estatística -, 85 mil crianças por dia por falta de alimentação e assistência médica. E nós, nós patrícios brasileiros, não podemos viver com a miséria e com a mortalidade infantil, quando os corruptos e ladrões roubam tudo que tem no País para fugirem para o estrangeiro, com o dinheiro dos brasileiros.

E, ao encerrar, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu faria um apelo ao povo, através desta Casa de tanto conceito perante o Brasil, felizmente esta Câmara merece o conceito, porque aqui não há a mínima parte do que ocorre com outras Câmaras de outras capitais. Porto Alegre, eu sempre digo, Brigada Militar, Polícia, Deputados e Vereadores são ótimos. À Brigada, faço uma referência especial, porque convivi muito tempo com a Brigada, não digo com a Polícia, porque foi a minha casa. A Brigada é a melhor Brigada do Brasil, em fardamento, disciplina e honestidade. E a Polícia Civil, a mesma coisa, mal-paga, mal-remunerada. Mas, vejam, a Polícia daqui para adiante. Isso eu disse para o Governador Simon, antes de deixar o Governo, e pedi a ele, tive a coragem de pedir a ele que salvasse a Polícia que estava na miséria e que não tinha nada, não tinha meios para viver, que ganhava uma miséria. Tanto é que citava um fato concreto, ele tinha assinados um decreto de aposentadoria, um dia antes, de um Delegado de 3ª classe ganhando um vencimento básico, na sua aposentadoria, igual ao vencimento do ascensorista da Assembléia Legislativa. Isso não é possível! É impossível de se conceber que isso ocorra em nosso País. Não é que o ascensorista ganhe mais ou ganhe menos ou mal; é que ele ganha mal, Delegado, como ganham mal todos os funcionários, desde o investigador. E com grande injustiças entre os vários padrões, como agora mesmo ocorreu, o Governo reconheceu o erro e reparou a sua injustiça, mesmo prejudicando os funcionários com a tal de isonomia que anda por aí. Meu Deputado Pedro Américo Leal, homem que conheço e que foi meu chefe duas vezes, como foi meu chefe o Ver. Leão de Medeiros. Leal foi meu Chefe de Polícia que, na época, era Superintendente dos Serviços Policiais, foi meu Presidente do Conselho, em cujo período fui homenageado como o elemento que mais relatou.

Eu tive a oportunidade, não digo isso por vaidade, mas para que conheçam que quem quer trabalhar, trabalha, produz e aparece o serviço. Sem interesse nenhum, eu relatei no meu período, 1.897 processos no Conselho Superior de Justiça. Isto é uma honra para mim, defendendo colegas que muitas vezes foram cair no Conselho Superior de Polícia, por injustiçados, como eu fui injustiçado no interior do Estado, e nunca pedi a pena para qualquer funcionário que agisse com arbitrariedade, porque esta arbitrariedade tinha meio por cento das acusações. Uns até vinham aparados pelo próprio Juiz, porque era briga de padre com jogo de bicho. Essas coisas todas, eu analisava muito bem, e não condenava o policial, tanto é que os próprios conselheiros diziam: esse tem o voto do Comissário Motta, e tinha mesmo, porque eu vim de lá, fiquei 25 anos no interior, estou há trinta anos e dois meses em Porto Alegre, mas vim de lá, do interior, com 25 anos de serviço.

De forma que são estes homens que quero destacar: Leão de Medeiros, Omar Ferri. E agradecer, do fundo do coração, Ver. Omar Ferri, o que você disse a meu respeito. Eu cumpri com a minha missão. Quero levar essa minha conduta e deixar plantada na minha casa para meus familiares e o resto vai comigo não sei para onde, o dia em que for chamado para o Oriente Eterno, que é o meu lugar.

Agradecendo a presença, Sr. Presidente, de todos os que aqui se encontram. Eu, talvez, tenha cometido falha com relação àqueles que são autoridades, mas eu não tive conhecimento aqui. Me faltou personalidade, o Irmão Laorgue Pinto, que está representando o Soberano Grande Comendador Dr. Elias Silveira, que é o Presidente do Supremo Conselho de Graus Filosóficos. Não sei se há alguém de outras potências, Irmãos que estejam representando. Sei que o Grande Oriente meu está sendo representado pelo seu Ministro Laorgue; o Gaston, que é o Presidente do Consistório e Vice-Presidente da Assembléia Legislativa Amazônica, homem que luta há anos comigo, sempre puxando do mesmo lado. É um companheiro leal, sincero, dedicado e hoje já atingiu o seu grau maior na organização a que pertence. Eu pediria ao Presidente para fazer um apelo aos que são brasileiros, aos que são decentes, que são honestos, que são dignos, que agora, neste Natal, nesta data que é uma data de confraternização nacional, se unam através de suas mãos, e que os corações se encontrem num só pensamento de paz e justiça para um mundo melhor, mais fraterno e mais justo. Exatamente na época em que nos intranqüiliza, porque os nossos mandatários não têm responsabilidade, não agem com a responsabilidade de quem deveria exercer o cargo. Em face disso, o povo vive na miséria. Eu pediria que todos, nesta data, se unissem para que, num pensamento só de justiça, nós tivéssemos um povo melhor tratado pelos nossos Poderes, que não entendem e transitam no terreno da incompreensão e da insensibilidade e do egoísmo, maltratando o seu semelhante, deixando o povo na miséria, como vive hoje.

Eu pediria perdão aos meus amigos que estão presentes, porque fico emocionado. Esta homenagem cala fundo no meu coração, e eu agradeço profundamente emocionado. Já nesta altura dos acontecimentos, quando aguardo o caminho certo que me reserva, eu não esperava mais nada. Acho que isto foi bondade do Ver. Leão de Medeiros, que se lembrou deste velho amigo e companheiro, como se lembrou em outras épocas, também, quando recebia o título de Melhor Servidor Público do Estado, através do Decreto do Governador do Estado. Bondade também da Presidência e dos Srs. Vereadores, que concordaram, sem nenhum voto discordante, quando houve a proposição, feita pelo Ver. Leão de Medeiros. Muito obrigado, meus companheiros, meus irmãos, este índio velho agora era coordenador de uma campanha aí.

Foram-me  buscar em casa, procurando pelos meus velhos companheiros, fundadores da minha Associação, e ex-presidentes, e não me consultaram, me convocaram para assumir a candidatura. E eu seria um covarde se fugisse da luta, se fugisse da raia e não concordasse. Fui, na última hora, candidato da oposição, contra uma máquina preparada, organizada devidamente para a vitória. E, felizmente, o Velhinho “lá de riba” nos ajudou e, em 240 votos, eu ganhei por 2. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Senhoras e senhores, amigos e familiares do Comissário Motta e de Giovani Alianiello, estamos chegando ao final desta Sessão. Quero, em nome do Ver. Leão de Medeiros, do Ver. Omar Ferri e do Ver. Pedro Américo Leal, de todos os companheiros desta Casa, agradecer a presença honrosa para todos nós do Delegado Barbedo, que aqui representa a chefia de Polícia, do Delegado Newton Müller, do ilustre amigo Firmino Cardoso, representando a Associação Rio-Grandense de Imprensa, o nosso Cidadão Emérito Giovani Alianiello, da Srª Therezinha Motta, esposa do Comissário, nosso Cidadão Emérito. Também quero convidar os amigos e parentes, colegas presentes que queiram cumprimentar os nossos homenageados, sem significar nenhuma provocação antecipada ao Cel. Pedro Américo Leal, que entrem pela direita e saiam pela esquerda. Muito obrigado.

Está encerrada a Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h20min.)

 

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